Mostrando postagens com marcador filhos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filhos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Adeus Chu !!!

Ontem a tarde, assim que dona catatau (Mirella) pegou no sono, comecei a dar uma "geral" no armário de dona Helô, pq. vcs. mamys sabem que faxina com criança pequena não rola, vc. coloca uma coisinha no lixo e elas tiram duas, quando estávamos no auge do rasga e joga, eis que a pequena surge depois do soninho de beleza. 

Mirella achou uma foto da irmã com Papai Noel, que deu origem ao seguinte diálogo:

Mimi: Pq. a Lolô está com Papai Noel ????????
Mamãe: Pq. essa foto tiramos no dia que ela entregou a chupeta pra ele, tá é mentira, não foi nesse dia, foi 1 ano depois, mas não perco a oportunidade de tocar no assunto e lembrar a pequena que ela prometeu que esse ano dara a "chu" dela para o bom velhinho.
Mamãe: Mimi enquanto vc. estava dormindo, ele deu uma passadinha aqui pra perguntar se realmente vc. vai dar a sua chupeta pra ele,  ele acabou deixando essa foto da Lolô pra vc. ver. (se alguém resolver fazer comentário perguntando o que papai noel fazia em minha casa em pleno Outubro, eu vou desconsiderar e apagar tuduuuuuu rs.)
Genteeeeee nem eu esperava pelo que vinha.
Mamãe eu quero entregar e é hojeeeeeeeee !!!
Imaginem a cena mamãe, irmã e papai com cara de paisagem, enquanto menina colocava todassssss as suas 345677889999 chupetas e biquinhos de mamadeira que ela cheira(va), e entregou para o papai guardar.

 

Mimi já foi logo arrastando a irmã e falando que sabia muito bem por onde Papai Noel entrou, que ela sabeeeeeeee que foi pela chaminé da churrasqueira !!! Santa Imaginação....quem será que essa menina puxou??????

A verdade é que nem tudo são flores no reino da Família Buscapé e ao cair da tarde, tô poetica hoje, menininha começou a chorar que queria a "chu" dei uma enroladinha basica nela e Helô deu a ela uma caixinha cheia de roupinhas de Barbie, paixão do momento, que achamos na dita cuja da faxina, massssss algumas horas depois o chororô voltou com força total e soluços, aí papai buscapé entrou em ação e falou:
- Mi o Papai Noel mandou ti falar que se vc. começasse a chorar, era pra ti perguntar o que vc. quer, a chupeta de volta ou um presente AMANHÃ !!! tá ficando criativo esse papai deve ser convicência comigo rs.
Menina parou de chorar como num passe de mágica e falou em alto e bom som que queria o PRESENTE AMANHÃ !!!
Ela danada e esperta já sabia que o presente seria o boneco do Patati Patata, que era o prometido desde o começo, caso ela desse a "chu" pro Noel.
Resumo da ópera ela não mais chorou e ficou firmeeeee no propósito de não mais pegar chupeta e biquinho, tomou um belo banho, como ela gosta de dizer, e NÃO mais pediu, ligou pra Vovó e pediu pra separar as chupetas dela que amanã ela entrega pro papai colocar na caixinha, eu confesso que por varias vezes deixei bem claro que se ela quisesse desistir não teria problema......o resultado ?????? foi esse. 

Dormiu a noite inteirinha, não acordou, não chorou, não ficou triste.....mas dormiu na camona com papai e mamãe pra nós ajudarmos ela a pegar no sono. 

Foi lindo ela acordando hoje cedo e falando mamãe eu conseguiiiiiiiiii.
O final ela ganhando o boneco Patati fica pra mamnhã, pq. agora a mamys aqui vai ter que "ralar" pra achar o presente, já liguei em váriassss lojas de brinquedos e não tem, vendeu tudoooooooo no dia das crianças, os palhaços estão em alta e eu estou frita.
Bye Bye.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A angustia da separação ou crise dos 8 meses


Me deparei hoje com este texto, na MFAL (comunidade do orkut), achei lindo e resolvi dividir com quem ainda não o conhece. Fala sobre algo que vivi com "Mirella Chicletinho", quem segue esse blog a algum tempo sabe do que estou falando, quando voltei a trabalhar depois da licença maternidade (esse blog ainda nem existia) minha bebê sentiu muito minha ausência, ouve dias em que realmente cogitava a hipótese de parar de trabalhar, porque estava sentido que ela não estava se adaptando bem a minha ausência e a noite quando estavamos juntas ou nos finais de semana menina simplesmente grudava em mim, à noite começou a acordar a cada 1h. pra mamar, foi uma época difícil que durou alguns meses, mas tudo deu certo e embora a dependência dela para comigo tenha melhorado bastante, ela ainda é o meu chicletinho, mesmo já estando com 2 anos e 5 meses.
Quando o bebê chega aos seis ou oito meses de idade, começa a operar a angústia da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é tudo para o bebê, representa sua segurança.
Um pouco de compreensão.
O bebê não está “chatinho” nem “grudento”. O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe e, se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver. O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema e, como adultos, aprendemos a controlá-lo com distrações cognitivas.
Se você não está, como ele sabe que você não foi embora para sempre?
Você não pode explicar que vai voltar logo, porque os centros verbais do seu cérebro ainda não funcionam. Quando ele aprender a engatinhar, deixe-o segui-la por todas as partes. Sim, até ao banheiro.Livrar-se dele ou deixá-lo no cercadinho não só é muito cruel, também pode produzir efeitos adversos permanentes. Ele pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro.Isso pode resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso. Pouco a pouco, ele vai sentir-se mais seguro da sua presença na casa, principalmente quando comece a falar.
A separação aflige as crianças tanto quanto a dor física.
Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, tristemente, é isso o que fazem muitos pais. Não conseguem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.
As vezes, impulsamos nossos filhos a ser independentes antes do tempo.
Nossas decisões como padres podem empurrar nossos filhos a uma separação prematura. Um exemplo seria enviá-los a um internato (1) pequenos demais. As crianças de oito anos ainda podem ser hipersensíveis à angústia da separação e ter muita dificuldade em passar longos períodos de tempo longe dos seus pais. Sua dor emocional deve ser levada a sério. O Sistema GABA do cérebro é sensível âs mais sensíveis mudanças do seu entorno, como a separação de seus pais. Estudos relacionam a separação a pouca idade com alterações desse sistema anti-ansiedade.
As separações de curto prazo são prejudiciais.
Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo HPA do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta. É muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro. Os estudos com mamíferos superiores revelam que os bebês separados de suas mães deixam de chorar para entrar num estado depressivo. Param de brincar com os amigos e ignoram os objetos do quarto. À hora de dormir há mais choro e agitação. Se a separação continuava, o estado de auto-absorção do filho se agravava e lhe conduzia à letargia e a uma depressão mais profunda.
Pesquisas realizadas nos anos setenta demonstraram que alguns bebês cuidados por pessoas desconhecidas durante vários dias entravam em um estado de luto sofriam de um trauma que continuava a afligir-lhes anos depois. Os bebês estudados estavam sob os cuidados de adultos bem intencionados ou em creches residenciais durante alguns dias. Seus pais iam visitá-los, mas basicamente, estavam em mãos de adultos que eles não conheciam.Um menino que se viu separado de sua mãe durante onze dias deixou de comer, chorava sem parar e se jogava ao chão desesperado. Passados seis anos, ele ainda estava ressentido com sua mãe. Os pesquisadores observaram a inúmeras crianças que haviam sido separadas de seus pais durante vários dias e se encontravam em estado de ansiedade permanente. Muitos passavam horas imóveis, olhando a porta pela qual havia saído sua mãe. Aquele estudo, em grande parte gravado em filme, mudou no mundo inteiro a atitude em relação às crianças que visitam suas mães no hospital.
Mas, não é bom o estresse?
Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”. O que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos.
(1) Nota da tradutora: a autora é inglesa e o sistema de internato é muito comum no Reino Unido.

Tradução de um trecho do capítulo O Choro e as Separações do livro The Science of Parenting de Margot Sunderland. Esse livro foi premiado em 2007 pela Academia Britânica de Medicina como o melhor livro de medicina popular. Não é um simples livro de conselhos para pais, mas sim um livro que, baseado em mais de 800 experimentos científicos, explica o que a ciência nos diz sobre como os diferentes tipos de criação afetam os nossos filhos.